Fomos
surpreendidos com a notícia da renúncia do Papa Bento XVI, com seus 85 anos de
vida, 62 de sacerdócio, 36 de bispo e 8 anos de pontificado. Bento XVI chegou a
essa decisão após muita oração, meditação pessoal e responsabilidade. Admiramos
sua coragem e liberdade de espírito. O último papa a renunciar foi Gregório XII
em 1.415. Como católicos
não nos assustamos. Compreendemos a atitude do Papa. Sua saúde já havia
enfraquecido muito. Assim ele escreve: “Estou bem consciente de que esse
ministério, devido à sua essencial natureza espiritual, deve ser realizado não
só com palavras e ações, mas também com orações e sofrimento. Contudo, no mundo
de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de profunda
relevância para a vida de fé, de modo a governar a barca de São Pedro e
proclamar o Evangelho, ambas as forças mental e de corpo são necessárias,
forças que em mim nos últimos meses se deterioraram a um ponto que eu tenho de
reconhecer minha incapacidade para cumprir adequadamente o ministério a mim
confiado... Totalmente crente da seriedade do ato, com toda liberdade eu
declaro que renunciarei ao ministério do Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro,
a mim confiado pelos cardeais em 19 de abril de 2005... Agradeço com muita
sinceridade por todo amor e trabalho com o qual vocês apoiaram o meu ministério
e peço perdão por todos os meus defeitos... Desejo também devotamente servir a
Santa Igreja de Deus no futuro através de uma vida dedicada a orações”. Que grandeza e
que liberdade! Deus seja louvado e que o Espírito Santo ilumine os cardeais
para a eleição do próximo Papa para a Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica.
(Dom Hélio A. Rubert, 16/02/13)
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